Oswaldo Montenegro em “a Dança dos Signos” em Vitória

Oswaldo Montenegro em “A Dança dos Signos”

Um dos maiores fenômenos da década de 80, o espetáculo “A Dança dos Signos”, de Oswaldo Montenegro, volta à cena em 2026, ano em que o autor comemora 70 anos de vida

Dia 25 de abril (sábado), às 21h30, no Espaço Patrick Ribeiro, em Vitória/ES.

“Ingressos no Canecão se esgotam com antecedência para o musical “A Dança dos Signos”. “Uma legião de pessoas se espreme semanalmente no Teatro da Galeria (RJ) para ver A Dança dos Signos.” “Pessoas chegam a enfrentar até três horas na fila por um lugar na escadaria do teatro”. Essas eram algumas das inúmeras manchetes do espetáculo que angariou mais de um milhão de espectadores nos anos oitenta. 

Escrito, dirigido e interpretado por Oswaldo Montenegro, o musical causou uma verdadeira comoção quando foi lançado em 1983, atravessando décadas em cartaz e batendo todos os recordes de público.

Na época, Montenegro queria falar sobre os tipos humanos, e foi estudando os signos zodiacais que chegou às características psicológicas de cada um. A partir daí, criou música, textos e coreografia para cada signo, com jogos de sombras de extrema criatividade e beleza. 

Segundo o autor, o objetivo não era um trabalho didático. A Astrologia foi usada como referência e inspiração. O resultado foi uma visão artística emocionante e ao mesmo tempo bem humorada sobre o Zodíaco. 

Para comemorar seus setenta anos de vida, o autor resolveu remontar o espetáculo de maior sucesso de sua carreira e sair em turnê em 2026. Nessa tour comemorativa, Montenegro terá a seu lado, no palco, a flautista Madalena Salles, o multi-instrumentista Alexandre Meu Rei, a violoncelista Janaína Salles, além de inúmeras participações virtuais que acontecem num imenso painel de led, já que, agora, “A Dança dos Signos” virou multimídia, com interatividade absoluta entre palco e telão, com cenas emocionantes, jogos de sombras, coreografias, tudo isso contracenando com o próprio cantor e os músicos no palco. Uma experiência única e inesquecível.

“Uma das marcas de Oswaldo é se expressar através de analogias, o que dá profundidade à obra. Além disso, os arquétipos humanos estão frequentemente presentes em suas criações, tanto no teatro, quanto no cinema. Isso gera um componente de absoluta identificação por parte do público”, pontua Kamila Pistori, empresária do artista. “O espectador não só se vê representado, como também tomado por uma emoção inexplicável. A linguagem do Oswaldo é direta e atinge de forma certeira o coração das pessoas”, acrescenta a produtora.

A remontagem traz à tona a estética peculiar de Oswaldo Montenegro, batizada de “Menestréis” pelo crítico de teatro Yan Michalski. Nela, a música entra como narradora e não como ação dramática.

O diretor conta que foram doze meses de trabalho constante e que novos textos e novas cenas foram criados. A remontagem tem direção de fotografia, edição e colorização de Ian Ruas, direção de arte, figurinos e adereços de Teca Fichinski, produção de Oswaldo Montenegro e Kamila Pistori, assistência de direção artística de Madalena Salles e mais de cinquenta profissionais envolvidos para realizar esse emocionante espetáculo que tem concepção, texto, música e direção de Oswaldo Montenegro, um criador que, aos setenta anos, continua sendo o artista mais surpreendente e criativo do seu tempo.